Pág. 44 Carretéis

UMA CIDADE SEM MEMÓRIA CULTURAL É UMA CIDADE SEM FUTURO HISTÓRICO



Carretéis
José Antonio Jacob

Nem bem o sol abria os seus bordados
De luminosas cores, entre as bigas
De carretéis e fósforos usados,
Eu já premeditava as minhas brigas.

Para vencer armadas inimigas
Enfileirava de olhos encantados,
Um exército imenso de soldados
Numa carreira longa de formigas.

O que passou da vida eu não senti
E o tempo inteiro fui ficando ali
Nos digitais alegres do passado.

Essa alma calma, que ainda vive em mim,
É aquele menininho sossegado
Que brinca de guerreiro no jardim.



Poesia de Bolso - Ed. ArtCulturalBrasil/2011


O Livro

Índice do Poesia de Bolso

Páginas

 
Sonetos
 
7/ Desenho (Comentado)
8/ Sonho de Papel (Comentado)
9/ Florzinha (Comentado)
10/ Impulsão (Comentado)
11/ Bolhas de Sabão (Comentado)
12/ Fim de Jornada (Comentado)
15/ Afronta Impiedosa (Comentado)
19/ Sonhando (Comentado)
23/ Quanto Tempo nos Resta? (Comentado)
30/ O Palhaço (Comentado)
33/ O Beijo de Jesus (Comentado)
35/ Natal dos meus Sonhos (Comentado)
46/ Jardim sem Flores (Comentado)
48/ O Vira-lata (Comentado)
51/ Repouso no Sítio (Comentado)
52/ Tédio
63/ Sublimação (Comentado)
64/ Solidão (Comentado)
93 Restou uma Poesia
 
Quadra
95/ Veritas (Comentado)
 
Sextilhas
96/ Delírios de Maio (Comentado)
102/ Natal na Rua da Miséria (Comentado)



ESPECIAIS JOSÉ ANTONIO JACOB
 
 
 
(Magnífica declamação do artista português José Bento)
 
(Poema em versos livres)
 
 
(Acróstico Poético)
 
(Apresentação de Maria Granzoto da Silva)
 
(Especial ArtCulturalBrasil)
 
(especial ArtCulturalBrasil)
 
(Vídeo de Dorival Campanelle)
 
 
 
TRAILER JOSÉ ANTONIO JACOB
 

 


 
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2 comentários:

  1. Anônimo16:45

    Grande Poeta Jacob!

    Querido amigo.
    Carretéis e caixas de fósforos usados, me fazem lembrar de meu irmão, José Carlos (já falecido)

    Você nem imagina como nós éramos amigos, quanto brincamos com caixas de fósforos e carretéis e o quanto brincávamos na terra naquela brincadeira de forca, você conhece? Quando algum brinquedo (especificamente meu) estragava, ele dava um jeitinho e arrumava.

    Seus versos, caro poeta, são diamantes enfeitando as lembranças do meu passado.
    A sua inteligência me faz lembrar dele, a sua sensibilidade me faz lembrar dele. O seu nome José, me faz lembrar dele. Ele era meu anjo da guarda, pois estava sempre me cuidando e me protegendo.

    Lendo suas memórias, lindamente entrelaçadas nestes versos que me emocionam, eu volto o meu olhar aos céus e oro a Deus para agradecer pelo privilégio de conhecê-lo, assim como sou grata pelo privilégio de ter convivido com outro José de alma meiga e linda como a sua.

    Um beijo ao José Carlos, meu querido irmão, e um beijo a você meu amigo e excelso poeta José Antonio Jacob que só pelo nome me faz lembrar não só de meu irmão, mas também de meu pai Antonio.

    Parabéns sempre.
    Abraços
    Irani Gennaro.

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  2. Lindo soneto, ele mesmo um bordado gracioso de palavras, como os bordados luminosos do sol!
    ;D

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